O que a jornada do Spotify nos ensina sobre critérios seleção e captação de investimento em startups

Você é um empreendedor em busca de investimento?

Então a série da Netflix “Som na Faixa” é uma excelente forma de aprender os principais pontos da jornada de uma startup early stage enquanto se diverte.

A produção é dividida em 6 episódios sob visões de pessoas que fizeram parte da jornada do Spotify. Os múltiplos pontos de vista permitem que o espectador entenda, entre outros fatores, quais as principais realizações necessárias para a primeira captação. Confira algumas delas abaixo.

Como tudo começou

Daniel Ek, fundador do Spotify, abandonou seu curso de engenharia para seguir carreira de TI. Desde pequeno era apaixonado por tecnologia e sistemas. Aos 13, abriu sua própria empresa e criou um site de publicidade digital, que foi vendido em 2006 por dez milhões de dólares. Após uma tentativa frustrada de trabalhar em grandes empresas, ele optou por empreender novamente.

Logo enxergou um mercado com imenso potencial: música. Na época as pessoas utilizavam o “Pirate Bay” – plataforma sueca lançada em 2003 que era utilizada para baixar músicas gratuitas de forma ilegal, violando as leis de direitos autorais. Ainda assim, era o quinto maior site da internet. Empresas ganhavam US$ 900 milhões e 30 milhões de visualizações mensais em seus sites através da plataforma. “Um dia tudo será digital” afirmava Ek. Foi nesse momento que ele cumpriu um dos critérios para captar investimento: trabalhar um mercado relevante e com potencial de escala.

Ek alegava que o site possuía um bom modelo de negócios, mas com pontos extremamente negativos que poderiam ser transformados em uma ideia inovadora. Os principais problemas eram:

  • Downloads demorados;
  • Músicas possuíam “delays” para serem reproduzidas;
  • Músicos não possuíam os direitos autorais delas.
Etapas

Assim ele tinha claro como desenvolveria um negócio se diferenciando da concorrência e, com esse conhecimento, buscou seu primeiro investidor e sócio: Lorentzon, com o qual firmou um acordo de criar a startup que revolucionou a indústria da música.

Como todo início de negócio, a hipótese deles de simplesmente adquirir os direitos autorais das gravadoras se mostrou ineficaz, nenhuma aceitou.

Foi o momento de agregar novos membros como parte da equipe, criando um time complementar que pudesse elaborar a solução.

O primeiro contato foi com o colega do Instituto Real de Tecnologia, Andreas Ehn, para ajudá-lo a encontrar os profissionais que criariam o site idealizado. A ideia original era lançar um serviço gratuito de streaming de músicas. Após um insight de outro membro da equipe, a chefe de jurídico Petra Hansson, eles desenvolveram o serviço de assinatura. Dessa forma, usuários poderiam montar playlists e evitar as propagandas. Por isso é tão relevante uma equipe completa e multidisciplinar, novas ideias sempre surgem.

Para que todos os planos pudessem ser executados, a startup precisava de mais investidores. Lorentzon então assumiu como Líder da Rodada, um papel de extrema relevância para a captação de investimento. Ele buscou investidores do ramo interessados e curiosos sobre a oferta da então empresa early stage, viabilizando a rodada do Spotify.

O final de uma longa trajetória

Depois de 4 anos, o Spotify tornou-se um unicórnio (valuation de mais de 1 bilhão de dólares). No entanto, a primeira captação não seria possível se o fundador não estivesse desde o início atento ao que investidores buscam em uma startup:

  • Mercado relevante;
  • Modelo de negócio com potencial de escala;
  • Diferencial perante a concorrência;
  • Time complementar.

 

Vale acompanhar os muitos aprendizados e desafios que surgiram pelo caminho da startup, a série completa está disponível no Netflix. E se você está em busca da primeira captação, acesse nosso site e conheça os critérios

Compartilhe nas redes sociais!

Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
Facebook